Neste episódio vamos discutir sobre como é o processo do tech recruiting dentro das empresas. Como é contratar grandes talentos dentro de tecnologia? E do outro lado? Como é, para esses talentos, enxergar o potencial de boas empresas no mercado? Ouça o cast e indique, temos vagas aqui na Vindi.
#7 Tech Recruiting – Desafio em contratar pessoas de tecnologia
Por que empresas sofrem em trazer talentos de tecnologia para dentro de casa?
Vitor Kusiaki – Vitor é Engenheiro de software da Vindi. Formado pela Universidade Federal de São Carlos, trabalhou na Trackmob e na Codeminer.
Simone Dantas – Tech Recruiter da DB Server, tem histórico em recrutamento de pessoas de tecnologia na WhirlPool, Ernst & Young e Hamburg Sud.
Nós, da Vindi, estamos com diversas vagas, muitas na área de tecnologia. Caso tenha interesse ou conheça alguém basta inscrever-se no link http://carreiras.vindi.com.br
– O grande desafio do Tech Recruiting
Contratar um grande talento é sonho de qualquer empresa. Abrir uma vaga nessas plataformas de gestão de recrutamento e ter milhares de candidatos em pouco tempo, pode ser uma felicidade para a maioria dos gestores de RH no país. Mas, o grande desafio é ter, nessa enxurrada de inscrições, um talento que seja visível – e, claro, que tenha o “fit” máximo com a posição da empresa.
Na vida real, contratar talentos é uma dura combinação de uma marca empregadora forte, um processo bem feito de triagem e entrevistas, uma descrição adequada das atribuições dessa pessoa e, além disso, contar com um pouco de sorte ;). No mercado de tecnologia, existe uma grande corrida para achar a pessoa ideal para o cargo ideal. Especialmente se a vaga em questão for para pessoas técnicas: engenheiros de software, gerentes de produtos e arquitetos.
O advento dos fundos de venture capital, no Brasil, criou um ambiente hostil e concorrido para disputar as melhores cabeças do mercado. Isso inflou, naturalmente, os salários desses tipos de profissionais. E, como consequência, desalinhou as fases que profissionais juniores, plenos e seniores deveriam passar.
– Uma guerra para contratar os melhores
Uma verdadeira guerra vem se mostrando nos mercados mais concorridos como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro. Recentemente, a empresa americana Carta.com, um software com sede em São Francisco, contratou 67 brasileiros quase que em uma única tacada. Essas contratações, centralizadas entre o Rio de Janeiro e São Paulo, foram na sua maioria, engenheiros de software.
Mas, você deve estar se perguntando porque estou contando essa historinha da carta.com, certo? Eu ilustrei esse caso, mas existem diversos outros de alta demanda por profissionais de tecnologia no mundo. Aqui, não é diferente, só que do ponto de vista estrutural do país, vamos ter, provavelmente, um problema de mão de obra daqui há alguns anos. Isso porque não estamos formando um número grande de novos engenheiros de software no Brasil. Sendo bem claro com você, daqui a alguns anos “vai dar ruim”, como dizem por aí.
Parte da possível escassez de mão de obra de tecnologia está no avanço das empresas no mundo, onde existe uma transformação digital agressiva de diversos setores e desinteresse do governo em incentivar políticas de conhecimento dessas áreas na base da educação. Mas, também, podemos ver uma lacuna grande quando o assunto é a gestão da maioria das empresas: elas sonham em ter um time vencedor, e não formar um time vencedor.
– Ter um time campeão pode mudar o rumo do negócio.
Para fazer uma analogia boa, todo treinador de futebol gostaria de treinar o Barcelona: ter um salário alto, fama e ainda ter o Messi em campo, desafiando a física e qualquer coisa do gênero.
Ter um time campeão, de alta performance, é muito mais que ter uma boa cultura de contratação de talentos. Na maioria das vezes, esses times que mudam o rumo de algum setor, têm um DNA forte de serem bons formadores de profissionais: são escolas dentro de casa. A maioria dos gestores não querem treinar, moldar e formar dentro de casa, o time que ele precisa. E é exatamente por isso, que poucas empresas conseguem passar por momentos turbulentos (de crise) quando a economia vai mal e quando a mão de obra está escassa.
Se o Brasil não formar um número maior de de pessoas de tecnologia nos próximos anos, teremos um grande problema em crescimento do PIB, na vida das pessoas e no país – e isso não é somente responsabilidade do governo. Se as empresas não se prepararem para desenvolver as pessoas dentro de casa, não tem tech recruiter que salve essa jornada.
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